terça-feira, 22 de novembro de 2011

Aos Mestres com Carinho, do sempre aluno,...

Ao escrever essas breves linhas estamos prestes a concluir mais um ano letivo aqui no Brasil e me pego a saudavelmente recordar dos meus professores, aqueles que me alfabetizaram, que me ensinaram a fazer os primeiros cálculos e que choravam quando chegava o momento de se despedir da turma ao fim do ano. Tia Esmeralda, Tia Mara, Tia Vera Lúcia, Tia Ana, foram minhas professoras das séries iniciais, o antigo ensino primário. Por onde andam? Como estão vocês?

Aqui de onde estou a escrever me lembro de minha alfabetização, letra por letra, em cada letra, a tia narrava uma história e como nos encantávamos com isso, estudava em uma escola pública, a maioria filhos de operários que com muitas dificuldades se mantinham, mas ali, o hábito da leitura entrou para sempre em minha vida. Foi significativo para mim e creio que para muitos de minha geração, pois nas condições de meus pais comprar livros era muito difícil, então aqueles breves espaços na escola eram mágicos.

Inevitavelmente ao relembrar essas deliciosas passagens, relembro também dos meus amigos de classe, por onde andam? Como estão vocês? Olha estou falando dos primeiros anos da década de 1970, as coisas aqui no Brasil estavam difíceis, as professoras nem sequer ousavam a falar nos acontecimentos políticos, no Vietnam, Na África, etc. muitas crianças de minha idade não tiveram essa oportunidade, pois os conflitos assim as impediam. Aos meus Mestres com Carinho, Afeição e Ternura, do sempre aluno, ...

domingo, 6 de novembro de 2011

Ó que Mundo não Maravilhoso!

Esse breve texto é um apreensivo e triste desabafo, pois gostaria que o seu título fosse diferente e os motivos de minhas inquietantes reflexões não fosse sequer um pesadelo do tipo daqueles que nos fazem acordar com o coração palpitando. O conturbado cenário nacional e internacional e suas turbulências nos colocam em compasso de espera. Abro as páginas dos noticiários e fico a imaginar qual será a próxima tragédia anunciada e constato como há setores que de mortes se alimentam.

Em um curto espaço ocorreu à tragédia lá na Noruega, motivos, intolerâncias, patologias mentais, incitação ao ódio. No Brasil, uma criança, um Anjo, o menino Juan, no município de Nova Iguaçu foi assassinada por Policiais Militares. Assistimos a primavera árabe, trazendo sinais de ruptura e de esperanças, mas, presenciamos as armas da solidariedade da OTAN com fortes calibres, proporcionando-nos um espetáculo apocalíptico.

Como se não bastasse o horroroso espetáculo midiático com as cenas do linchamento público de Kadafi e a exibição de seu corpo por quatro dias, a bola da vez agora foi a exibição triunfante da notícia da morte de Afonso Cano, líder guerrilheiro na Colômbia. No cálice em que certos setores sorvem essas “prazerosas vitórias, o espumante é sangue”.

Tai as alternativas de diálogos que nos brindam, ou seja, o não diálogo, do tipo pistoleiro. Esses espetáculos macabros são para que não esqueçamos sobre algo bem antigo de uma certa diplomacia, “Fale Macio, mas com um Porrete no Bolso” . Esse é o diálogo desses setores mortíferos.