quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O Segundo Governo Vargas ( 1951-1954)

Nas eleições de 1950, Getúlio Vargas retornou ao poder, ele foi eleito pela coligação PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) / PSP (Partido Social Progressista), obtendo 48,7% dos votos. Vargas mais uma vez derrotava seus opositores políticos com facilidade. O presidente Vargas iria permitir o capital estrangeiro no Brasil, mas não admitia a desnacionalização da economia. Entre as ações deste período:
Ø  Criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico em 1952. Era o programa de investimentos do governo
Ø  A Campanha O Petróleo é Nosso: Mediante a esta campanha que mobilizou diversos setores da sociedade brasileira, Vargas criou em Outubro de 1953, a Petrobras, empresa estatal responsável pela extração e refino do petróleo brasileiro
Ø  Depois de muito atrito entre o governo e as forças conservadoras apoiadas pelo capital estrangeiro, a empresa foi criada com capital misto, mas o Estado possuía a maioria das ações, sendo sócio majoritário
Ø  Projeto de remessa de lucros para o exterior: Tinha como objetivo proibir as excessivas remessas de lucros das empresas estrangeiras instaladas aqui no Brasil para sua matriz no exterior. Este projeto foi vetado pelo Congresso Nacional, pois a pressão dos grupos internacionais foi forte.

Vargas autorizou um aumento de 100% no salário mínimo. Era a proposta do ministro do Trabalho João Goulart, que, futuramente (1961), ocuparia o cargo de vice-presidente. Aumentar o salário mínimo causou uma enorme revolta entre os empresários: eles se posicionaram contrários a essa medida do governo

No dia 5 de agosto de 1954, um grave acontecimento deixou, o Governo de Getúlio Vargas em uma situação delicada. Ocorreu uma tentativa de assassinato ao político e jornalista Carlos Lacerda, que culminou com a morte do major da Aeronáutica Rubens Florentino Vaz. A Aeronáutica instala inquérito, e o resultado não agradou ao governo. A Aeronáutica pressionou, exigindo a renúncia de Getúlio Vargas.  

O dia 24 de agosto de 1954, entrou para História brasileira como um dos mais perturbadores, pois neste dia, sentindo-se pressionado e disposto a não renunciar, Getúlio desfechou um tiro no coração. Cumpria a promessa de só deixar o palácio morto. Deixou uma carta-testamento acusando as forças conservadoras (a UDN e o capital estrangeiro) de serem os grandes responsáveis por essa atitude.


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