quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Vida Longa ao Povo Árabe!

Vid

Os recentes conflitos ocorridos no Oriente Médio e nos países mulçumanos da África como o Egito, Tunísia e Líbia traz-nos importantes reflexões. Estes países possuíam governos autoritários e ditatoriais. A intimidação e o desrespeito aos direitos elementares à liberdade eram constantes. As suas populações arcavam com o ônus de todas estas arbitrariedades.

Boa parte dos países ocidentais que hoje condenam publicamente estes governos a quem agora chamam de retrógrados, a bem pouco tempo, os apoiavam, seja do ponto de vista político, financeiro e militar. Diante dos fatos recentes, as suas posturas mais parecem a de quem descarta um fruto que de muito usado por eles tornou-se podre.

Vejamos, por exemplo, as posições dos EUA, França, Itália e Inglaterra. Países envolvidos em constantes problemas internos e em flagrantes desrespeitos aos direitos humanos em seus respectivos Estados. Eles carecem de autoridade moral e política para falar em democracia. Que tipo de governo agora pretendem impor nestas regiões? Será que os democratas Berlusconi, Sarkosy e o ex Presidente Bush que até poucos anos comandava os EUA possuem credenciais políticas transparentes para condenar algum governo?

OS EUA, Inglaterra, Itália e França que estiveram à sombra da maioria daqueles governos pretendem o que com tais cinismos midiáticos? Falam da importância ao respeito à vontade da população rebelada destes países. Dizem que apoiarão os novos governos, porém até que ponto? Que tipos de mudanças estarão dispostos a tolerarem? Ao se dizerem favoráveis às mudanças nestes países como nos casos mais recentes da Líbia e Síria são porque almejam influenciar no ritmo dessas próprias mudanças, ou seja, para que estas lhes sejam favoráveis. 

É bom estarmos atentos quanto à evolução dos fatos, mas me parece que as resoluções desses conflitos estão longe e não serão solucionados enquanto prevalecerem na região os interesses econômicos, políticos e militares de suas elites domésticas e do grande capital internacional, cujos interesses, as pressões de países como os EUA, França e Inglaterra procuram resguardar. Ao povo e as forças democráticas destes países em conflito cabem a construção de uma nova sociedade, para que todas as energias desprendidas em suas lutas se convertam favoravelmente aos seus interesses.

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