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Em uma eleição tumultuada e quase não podendo tomar posse, Juscelino Kubitschek de Oliveira foi eleito a Presidente do Brasil nas eleições de 1955, o seu Vice-Presidente foi João Goulart. Ele assumiu o governo no dia 31 de janeiro de 1956 e concluiu seu mandato presidencial em 31 de janeiro de 1961, quando Jânio Quadros assumiu o novo governo do país.
O Presidente Juscelino Kubitscheck ficou popularizado por seu simpático sorriso que costumeiramente exibia em público. Um político habilidoso, de tom conciliador que, mediante ao seu ambicioso Plano de Metas, pretendia modernizar o Brasil de forma acelerada. Este plano foi simbolicamente representado pelo slogan, 50 anos em 5. O plano tinha 31 metas distribuídas em 5 grandes grupos: Energia, Transportes, Alimentação, Indústria de base, Educação, sendo a 31ª meta, a construção de Brasília. Diferentemente de seu antecessor Getúlio Vargas não governou com arroubos autoritários. Procurou afastar-se do nacionalismo varguista. Através de seu projeto desenvolvimentista, o Estado deveria associar-se ao capital estrangeiro e nacional para viabilizar-se financeiramente.
JK também entrou para a história como o Presidente Bossa Nova. Segundo alguns essa expressão se deveu pelo fato dele procurar identificar-se com o novo, com a modernidade, para outros essa expressão ficou popularizada a partir da letra de uma canção de Jucas Chaves em que satirizava o governo de Juscelino. A bossa nova foi um gênero musical deste período que fora marcada por mudanças estéticas, entre seus principais expoentes estiveram artistas como Johnny Alf, Leny Andrade, João Gilberto, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Luiz Bonfá.
É desse período que indústrias como as montadoras de automóveis e as indústrias de eletrodomésticos se instalaram no país. As chamadas multinacionais encontraram no governo JK incentivos para se estabelecerem no país. Empresas estatais como a COSIPA, a USIMINAS e FURNAS, também foram construídas. A construção de Brasília e a expansão das rodovias foram outras importantes marcas de sua administração. Estes investimentos, porém foram viabilizados, mediante a realização de empréstimos internacionais.
O país ganhou ares de modernidade, mas o seu sorridente e elegante governo contribuiu para aumentar o nosso endividamento externo e interno, as ferrovias não mereceram a mesma atenção que as rodovias, o setor rural não foi priorizado, milhares de camponeses abandonaram o campo em direção às cidades, ao fim de seu mandato, a inflação atormentava a vida da população. Durante a Ditadura Civil Militar iniciada em 1964 ele teve sua vida política caçada e veio a falecer num acidente de carro em 1976, alias, acidente este cercado de suspeitas, pois há quem enxergue neste episódio que ceifou sua vida uma ação do governo militar.
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